Por Daniel Souza
As pistas de aeromodelismo de todo mundo foram ocupadas pelos limpos, silenciosos e versáteis modelos elétricos.
Bem mais leves e mais práticos, os aeromodelos, que utilizam propulsão sólida, desprendida de baterias recarregáveis, fazem parte não apenas de uma categoria, mas, sobretudo, de imponente estilo de vôo radiocontrolado, que tem como premissa, exclusiva, a diversão, bem diferente do tormento do seu precursor a combustão.
Os mais exigentes aeromodelistas apontam, também, além daquelas vantagens já conhecidas dos praticantes do hobby, só vistas nos elétricos, tais como a praticidade, a limpeza, o silêncio, o desempenho e o vôo seguro, outras que, a cada dia, arregimentam mais adeptos a essa categoria, como, por exemplo, a imitação, em escala, genuinamente perfeita, de aviões de verdade, sem a notável deformação do cowl dos modelos à combustão, fato que, por si só, torna os aeromodelos elétricos muito mais charmosos.
Querem mais? Outra importante característica dos elétricos é a durabilidade dos modelos, que não sofrem qualquer abalo nas estruturas nem danificação da entelagem, conservada sempre novinha, em razão da baixíssima vibração de seus motores e da inexistência de detritos líquidos.
Todavia é a comodidade de operação de um aeromodelo elétrico, reunida a todos esses fatores, que apaixonam os amantes desse hobby. É abrir o porta-malas do carro, na pista ou em qualquer lugar, ligar o rádio e colocar a bateria. Nas mãos, o controle de partida e aceleração do motor, algo que os sujismundos ainda não têm.
Depois o vôo maravilhoso e inigualável. Só diversão. Encerrada a brincadeira, é só retirar a bateria do modelo, desligar o rádio e colocá-lo novamente no porta-malas. Tudo isso sem agredir meio ambiente (terra, ar, céus, árvores, pássaros e gente). E mais, tudo isso sem ter sujado as mãos, melado a cara de óleo, perdido a audição e gastado um rolo de papel higiênico...
E, por fim, para manter a supremacia, a industrialização dos equipamentos para elétricos avança na tecnologia de baterias mais leves e mais duráveis, que aumentam significativamente a autonomia de vôo.
Outra novidade é a chegada no Mercado nacional de aeromodelos elétricos gigantes, bem mais imponentes e, seguramente, mais versáteis que os brutamontes movidos a combustível líquido.
Assim, meus diletos colegas, me despeço, apresentando minhas sinceras escusas àqueles que ainda encontram-se perdidos nas trevas, entorpecidos pelo crack à combustão.
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